quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Consumo: uma ciência humana

Por Eveline Jannarelli



Todo profissional de Marketing tem, impreterivelmente, como base de seus estudos as premissas e pensamentos de Kotler. Como ninguém, Kotler conseguiu sistematizar a ciência de Marketing, tornado acessível o domínio das leis de funcionamento do seu objeto de estudo: o mercado, com a intenção de obter a previsão e controle sobre ele e as variáveis que o compõem.

Aprende-se assim a dominar técnicas que auxiliam a compreensão das dinâmicas de mercado e seu elemento mais complexo, o consumidor. Porém, após alguns anos de prática, é comum que o profissional de Marketing perceba que entender, prever e controlar o comportamento do consumidor é mais complexo do que parece.

Isso porque, este importante elemento na constituição de um mercado, não pode ser simplesmente explicado pelas teorias mercadológicas. Para compreendermos um pouco mais sobre o consumidor, é preciso nos aprofundarmos nas ciências humanas: Psicologia, Sociologia, Filosofia, Antropologia. Somente a partir de um olhar diverso é possível estabelecermos as hipóteses que podem nos ajudar a explicar comportamentos. Isto se aplica também ao consumo.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Qual é o sentido do trabalho para você?

Por Taynã Bonifácio


Ao longo dos anos e da história, o trabalho foi ganhando diferentes significados.  Na Idade Média, Santo Agostinho traz o conceito de co-criação do mundo para o trabalho e faz dele algo divino. Com o renascimento, o trabalho assume uma outra característica, ganha status e passa a ser visto como forma de auto-expressão.
Com a revolução industrial no século XVIII, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs. Surge o liberalismo econômico, a acumulação de capital e o capitalismo torna-se o sistema econômico vigente. Adam Smith cria o conceito de homo economicus, no qual o trabalho é fundamentado sob o ponto de vista econômico.
Do ponto de vista subjetivo, notadamente com a teoria de Karl Marx, o trabalho é elevado como principal via de acesso à essência humana. Para Marx, o trabalho tinha o papel principal na definição do ser, por meio dele o homem se externalizava, ele agia e se transformava por meio de seu trabalho.
Um estudo conduzido, pela psicóloga Betania Tanure e pelos pesquisadores Antonio Carvalho Neto e Juliana Oliveira Braga revelam a angústia da vida executiva nas empresas brasileiras. Parte do estudo foi publicado na Revista Época Negócios (Edição 3, Julho de 2007) e mostra como o ambiente de trabalho se tornou fonte de infelicidade para os profissionais. O levantamento abrangeu mais de mil executivos de aproximadamente 350 empresas. Segundo a pesquisa:
84% dos executivos são infelizes no trabalho.
76% deles acessam e-mail profissional fora do horário de trabalho.
58% acham que os cônjuges estão descontentes com o ritmo excessivo de trabalho deles.
55% vivenciam uma mudança radical no trabalho.
54% estão insatisfeitos com o tempo dedicado à vida pessoal.
35% apontam problemas com o chefe como a crise mais marcante de suas vidas.
Apesar de 84% dos executivos estarem infelizes no trabalho, a mídia insiste na imagem do estereótipo de herói do mundo corporativo. As revistas de negócios estão repletas de rostos de executivos felizes e realizados. O que mostra uma outra face da realidade: para sobreviver nesse ambiente de negócios é preciso transmitir a imagem do sucesso, da carreira bem sucedida, do “super-executivo”.
Porém, chega um momento em que todo ser humano depara com uma questão fundamental: se é ou se foi feliz ou não? E nesse momento, as máscaras podem cair e esse “super executivo” vivenciar uma outra realidade.



segunda-feira, 11 de julho de 2011

Afinal, qual o sonho dos brasileiros ?

Uma pesquisa recente e inédita, desenvolvida pela Box1824 em parceira com o Datafolha e apoio da rede Globo, revela como pensam e agem os jovens de 18 a 24 anos.

Para as empresas, compreender os elementos que definem o comportamento de uma geração pode ser de extrema importância para seu sucesso, e até para sua sobrevivência nos próximos anos. Ao entendermos seus ideais e como agem na busca para atingí-los, podemos projetar produtos, serviços e até modelos de empresas que se adequem às suas necessidades. Afinal, é disso que uma área de Marketing orientada para o consumidor trata; identificar e satisfazer os desejos e necessidades de seus clientes.

Agora vamos olhar sob a ótica do sonho. Uma definição importante, mencionada no dicionário, diz que sonhar está relacionado a ideia com a qual nos orgulhamos; ideia que alimentamos; pensamento dominante que seguimos com interesse ou paixão. Os sonhos nos impulsionam a seguir adiante, iluminam caminhos, abrem portas e mudam situações. Mesmo parecendo impossível, é no ato de sonhar que encontramos a perseverança, determinação e ousadia para transformá-los em realidade.

O objetivo deste artigo é convidar a todos nesta reflexão de como transformar sonhos em realidade e como todo esse movimento pode impactar nosso jeito de pensar e fazer Marketing?


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Evento sobre o comportamento do consumidor no mercado de material de construção.


No último dia 19.05, a Oficina da Estratégia realizou um evento inédito no segmento da construção.

O evento contou com a participação de diretores, gerentes e coordenadores de diversos segmentos da indústria da construção que, durante as 04 horas de evento, puderam compartilhar suas dúvidas e discutir assuntos relevantes sobre o comportamento do consumidor neste mercado.

Na primeira parte do evento as sócias Eveline Jannarelli e Taynã Bonifácio apresentaram a forma de “pensar pesquisa” da consultoria. Um dos grandes diferenciais da abordagem é a análise o comportamento do consumidor utilizando conceitos de marketing e psicologia, o que permite uma visão multidisciplinar das informações coletadas no campo. “Acreditamos que técnicas que utilizam o relato sobre o consumo, associadas à observação do comportamento, possibilitam uma análise mais profunda e realista sobre o consumidor”, afirma Eveline.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fiat, Leo e Click estreiam modelo integrado (Meio&Mensagem)

O uso de expertise de terceiros nas soluções de marketing é muito comum. Gerenciar esta terceirização é o grande desafio. 

Até onde devem ir os parceiros ? E a gestão interna da área de marketing ? Até onde vão suas responsabilidades ? Quem é o responsável pelo planejamento de marketing do négocio: cliente ou a agência ?
A notícia divulgada pelo Meio & Mensagem fala sobre um novo formato de gestão de marketing adotado pela Fiat: Trazer os parceiros para dentro de casa. 

Será que esta é a tendência ? 



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O poder da Cocriação.

No mundo corporativo é muito comum nos depararmos com pesquisa internas que buscam medir o engajamento dos seus funcionários. Já é comprovado que quanto mais motivada a equipe, melhor os resultados obtidos em toda a cadeia de valor da empresa; da relação com os fornecedores, passando pelo canal de distribuição e chegando até o consumidor final.

            Segundo Carter e Underwood, em seu livro O Princípio da Significância, "a força motriz básica do comportamento humano é o desejo de ser aceito, compreendido, apreciado e reconhecido". Em outras palavras podemos afirmar que todas as pessoas buscam o reconhecimento, desejam e esperam ser alguém significativo.

            E quando falamos do consumidor ? Como podemos aplicar o conceito de “engagement” para criar relações duradouras com esse público ?

Com o advento da internet e das redes sociais, muitas empresas já estão se preparando para gerar maior engajamento de seus consumidores com a marca por meio de um processo de cocriação. De acordo com Francis Gouillart, cocriação é quando os consumidores sugerem um produto e são envolvidos no processo dentro da empresa para desenvolvimento do produto sugerido. Como que a empresa terceirizasse alguns dos passos do desenvolvimento usando recursos colaborativos (wiki) que são os consumidores.

Segundo o autor, as empresas perdem muito em não usar o consumidor como recurso no desenvolvimento ou aprimoramento de produtos pois, na grande maioria, estão dispostos a colaborar gratuitamente e, de fato, são os maiores conhecedores da usabilidade do produto.

Entretanto, esse processo de cocriação não deve se limitar aos consumidores. Os funcionários também são uma grande fonte de informações. E, se estivermos falando de uma empresa onde o grau de engajamento é alto, além do orgulho de fazer parte da organização, teremos o comprometimento efetivo para que as ações se concretizem.

Segundo Ramaswamy, em artigo publicado pela revista Strategy & Leadership: “Tornar-se uma organização de cocriação de valor significa mudar a natureza do envolvimento e dos relacionamentos entre a administração e seus funcionários, e entre eles e os cocriadores de valor: clientes, acionistas, sócios ou outros funcionários”.

Assista o vídeo sobre o assunto:


Para mais informação leia o artigo publicado pela HSM:

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Conheça as 11 tendências cruciais para o consumo em 2011 (Fonte: trendwatching)


Antenados nas principais tendências de mercado, nós da Oficina da Estratégia não poderíamos deixar de acompanhar o trendwatching.com. Sua mais recente publicação divulgou as 11 tendências cruciais para o consumo em 2011. Quem é o consumidor da atualidade? O que ele deseja? Como podemos ganhar espaço na sua mente e no seu coração?

Em resumo, o novo consumidor valoriza marcas que realmente se engajam em atos de bondade e generosidade. Com as novas tecnologias é possível conhecer seu consumidor e acompanhar seu dia-a-dia, criando relações aqui e agora. Atentar para características dos grandes centros urbanos e para a facilidade de se comunicar em rede. Explosão dos clubes de descontos online, tipo Peixe Urbano e dos símbolos virtuais no mundo real. Os países emergentes serão o grande público consumidor. Adaptar seus produto e serviços à cultura local será primordial para criar marcas desejadas nestes mercados. O ecológico e sustentável se une ao design, oferecendo funcionalidade e perfomance superior. E, por fim, os consumidores se convencem que, para poder usufruir de mais e melhores experiências, talvez seja necessário compartilhar a propriedade de seus bens; é a tendência de número 11: ownerless, em português, menos dono.

Leia com calma e reflita sobre seu negócio. Esperamos que alguma destas ideias possam inspirar você a repensar seu posicionamento de marca, tornando-a cada vez mais próxima dos seus clientes e consumidores. Confira quais são essas 11 tendências...